terça-feira, 21 de julho de 2009

O PARTO DE RUTH

por Liliane Pelegrini e Élcio Paraíso

É chover no molhado dizer que na vida pessoal, assim como no trabalho, fotografar é atividade constante para nós. Nada passa sem ser registrado. Hoje, pela primeira vez, vimos nascer uma ninhada de gatos, a ninhada da Ruth, nossa menina. É engraçado: logo que constatamos a gravidez da gata começamos a planejar a documentação – não deixa de ser, afinal – do parto. Então, passado o susto inicial – Ruth não deu sinais de que estava para parir: quando soltou um único grito, o primeiro filhote já vinha ao mundo –, nos preocupamos em sacar uma câmera. Filhotes que já nasceram com fotógrafos particulares. O fim da tarde foi dedicado a acompanhar e registrar o milagre da natureza. [Milagre, sim: ninguém ensina o que a gata tem que fazer na hora H e mesmo assim ela faz, sozinha, direitinho; ninguém indica as tetas nem os avisa da existência delas, mas os filhotes, automaticamente, já nascem procurando por elas.]

A coincidência foi que justamente hoje vimos na banca que a capa da Veja desta semana versa justamente sobre a relação de muitos brasileiros com seus animais: mais do que estimação, cada vez mais os bichinhos são tratados com pompas de membros da família. É isso que acontece por aqui, falando um pouco sobre a vida pessoal. E profissionalmente nem é tão diferente assim: já fomos desafiados a fazer books de pets e tudo nos mesmos padrões com os quais fotografamos pessoas. A fotografia, então, está começando a embarcar no processo que a revista chama de "humanização dos bichos de estimação". Algo para pensar sobre, inclusive mercadologicamente.

Então, para ilustrar este post, que bem que poderia se chamar "A vida imita o trabalho – e vice-versa", segue um mini-ensaio assinado metade pelo "vovô" Élcio Paraíso, metade pela "vovó" Liliane Pelegrini.

[Clique em cada imagem para vê-la em tamanho maior.]

Do "avô":



Da "avó":

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