sábado, 16 de outubro de 2010

SÁBADO NO CINEMA

Hoje a programação do Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes Sobre Deficiência está especialmente emocionante. A temática das três produções escaladas gira em torno das deficiências, mas vale ressaltar que são filmes para todos – para ver e ouvir e sentir – e que a entrada é gratuita. A seguir, confira as sinopses.



14H – SENTIDOS À FLOR DA PELE

(Dir. Evaldo Mocarzel / Brasil / 80′)
O documentário acompanha a rotina de vida de pessoas com deficiência visual que atuam de modo nada convencional no mercado de trabalho. Vivemos em um mundo cada vez mais dominado por imagens. A perda parcial ou total da visão promove um aprofundamento na fruição dos outros sentidos, que se tornam muito mais aguçados. O tema principal do filme são as capacidades, habilidades, inúmeras possibilidades de inclusão, também estímulos, compreensão e a luta contra todo tipo de preconceito.

16H – VOZES DE EL-SAYED
(Dir. Oded Adomi Leshem / Israel / 75′)
No pitoresco deserto israelense de Negev encontra-se a aldeia beduína de El-Sayed, que possui o maior percentual de pessoas surdas do mundo. Lá, ninguém usa prótese auditiva, porque em El-Sayed a surdez não é considerada uma deficiência. Através das gerações, foi se desenvolvendo uma língua de sinais única, fazendo desta a língua mais usada nessa rara sociedade que aceita a surdez como algo tão natural quanto a vida. A tranqüilidade da aldeia é interrompida pela decisão tomada por Salim de mudar o destino de seu filho surdo e fazer dele um ouvinte por meio da operação de implante coclear.

18H – SOU SURDO E NÃO SABIA
(Dir. Igor Ochronowicz / França / 70′)
Por vários anos, Sandrine não sabia que era surda. Surda de nascença, ela é filha de pais ouvintes. Chegou a freqüentar a escola regular, e lá se perguntava como os outros compreendiam o que a professora estava tentando transmitir. Como uma pessoa surda descobre que pessoas se comunicam através de sons, que o movimento dos lábios que eles vêem produz palavras e comunicação? Esse documentário olha para a questão a partir de dentro, pela perspectiva de Sandrine e sua história verídica. Paralelamente ao relato da autonomia conquistada com a Língua de Sinais, o filme levanta a discussão sobre a conveniência do implante coclear e da oralização de crianças surdas.

Mais informações e programação completa pelo site: www.assimvivemos.com.br

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