terça-feira, 20 de janeiro de 2009

POLAROID AINDA QUE TARDIA

por Liliane Pelegrini

Quando crianças, tanto eu quanto Élcio Paraíso, meu partner neste blog [e na vida, como um todo], tivemos nossas peripécias registradas por Polaroids. A mim, sempre me encantou a história de fazer uma foto e ela estar disponível na hora, sem aquele processo de levar filme pra revelar - e isso sempre demorava: nunca o filme era fotografado de uma tacada só e quando finalmente chegava aos minilabs, ainda tinha que esperar a revelação, tinha que arrumar um tempo pra ir lá buscar e tal. E o formato de uma foto de Polaroid, diferente do que a gente tinha nas câmeras comuns, também me fascinava.

Aí muita gente vem dizer: câmera digital deixa a gente ver a foto na hora. Sim, claro. Gosto muito das digitais. Mas ter a foto em papel, poder tocá-la, com todo aquele cuidado para não deixar marcas de digitais, é outra história. Se ela puder se materializar instantaneamente, melhor ainda. E era isso que a Polaroid nos dava.

Aos poucos, a Polaroid foi sumindo do mercado, como qualquer um sabe. Há quase um ano, mais especificamente em fevereiro de 2008, a fábrica da Polaroid foi fechada e a produção das chapas fotográficas, abortada. Isso também não é nenhuma novidade. De lá para cá, os filmes para Polaroids, que já andavam caram, subiram para níveis estratosféricos - no Mercado Livre, por exemplo, o mais barato não sai por menos de R$ 110, com dez chapinhas. E os mais afoitos dão graças a Deus quando um disparate desse está disponível - quase nunca há vendedores com o produto pronto para negócio.

Tudo isso para dizer que as esperanças dos diletantes da Polaroid, como eu e Élcio Paraíso, já em estado de coma, agora esboçam alguma reação. Ontem, o jornal inglês "The Independent" publicou matéria anunciando que um milionário comprou a fábrica da Polaroid e pretende reativá-la. Ainda não há muita certeza sobre a retomada da produção [o plano de Florian Kaps, o novo dono da marca é que tudo esteja funcionando até dezembro], mas a possibilidade é melhor do que nada.

Mais sobre a tentativa de reativação da Polaroid aqui.

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Enquanto isso, dá para brincar digitalmente de Polaroid com um software que reproduz o clique. Você escolhe uma imagem no seu computador, joga no programete [que tem uma interface polaroidiana] e o resultado é uma imagem com tom e forma de Polaroid. E é possível mandar copiar. Claro que não tem a mesma graça, mas enquanto os filmes não vêm... Fiz vários testes por aqui e eis um deles:




Para baixar o programa, vá aqui.



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O pessoal do movimento Save Polaroid deve estar feliz com a notícia da compra da fábrica e sua iminente [tomara!] reativação. Aliás, para quem gosta do tema, a página do grupo é uma boa pedida.

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